AUTOR DO BLOG ENG.ARMANDO CAVERO MIRANDA SÃO PAULO BRASIL

"OBRIGADO DEUS PELA VIDA,PELA MINHA FAMILIA,PELO TRABALHO,PELO PÃO DE CADA DIA,PROTEGENOS DO MAL"

"OBRIGADO DEUS PELA VIDA,PELA MINHA FAMILIA,PELO TRABALHO,PELO PÃO DE CADA DIA,PROTEGENOS  DO MAL"

“SE SEUS PROJETOS FOREM PARA UM ANO,SEMEIE O GRÂO.SE FOREM PARA DEZ ANOS,PLANTE UMA ÁRVORE.SE FOREM PARA CEM ANOS,EDUQUE O POVO.”

“Sixty years ago I knew everything; now I know nothing; education is a progressive discovery of our own ignorance. Will Durant”

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Projeto de microgrids cria desafio técnico e de negócio CISB CENTRO DE PESQUISA E INOVAÇAO SUECO BRASILEIRO

CISB desenvolverá estudo em parceria com UFMG e KTH para propor modelo regulatório e de negócio em projeto da CEMIG

As energias renováveis são tema cada vez mais constante na pauta de governos, mas ainda pouco se aplica na realidade dos centros urbanos. O CISB faz parte de um projeto que pretende trazer para o Brasil a integração de sistemas autônomos de geração de energia limpa, os chamados microgrids, com a rede central de distribuição. A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) e a Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig) aprovaram o projeto em edital lançado para seu programa de pesquisa e desenvolvimento para o setor energético.
O engenheiro de Tecnologia e Normalização da Cemig, Ricardo Carnevalli, afirma que a ideia é muito promissora, mas envolve dois principais desafios. O primeiro é técnico. O projeto piloto deverá trabalhar com a cogeração de energia solar e a gás abastecendo certo grupo de residências. Esse microssistema pode ser autossuficiente, pode precisar de complementação da rede comum de energia elétrica ou pode gerar excesso na produção local e redirecionar essa energia para a rede da cidade. Isso significa que a rede, que atualmente apenas abastece essa área, poderá também receber um fluxo de energia na direção contrária – o que implica na necessidade de um sistema capaz de se reprogramar para essas mudanças de forma automatizada e à prova de blackouts.
O segundo desafio está no desenvolvimento de regulação desse novo sistema. “A implantação dos microgrids muda a relação entre a Cemig e o consumidor, uma vez que ele agora pode ser ao mesmo tempo comprador e fornecedor”, explica Carnevalli. “Atualmente, no Brasil, ainda não há uma regulamentação bem definida para aplicarmos ao modelo de microgrids e tudo ainda é muito incipiente. É preciso então também repensar o nosso modelo de negócios nesse novo contexto. O que há atualmente é um fluxo unilateral, mas existem outras formas adotadas em outros países e é preciso levar essas alternativas em conta”.
É justamente na solução do segundo desafio que entra o projeto coordenado pelo CISB, por meio de parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais – representada pela professora Eleonora Saad – e o KTH Royal Institute of Technology – com a professora Semida Silveira. Elas coordenarão pesquisadores na área de desenvolvimento urbano para a criação de um novo modelo de negócio para atender essa nova demanda na área de energia.
Carnevalli entende que os microgrids trazem ao mesmo tempo um cenário de risco e oportunidade. As companhias de energia brasileiras hoje faturam com a venda de energia em cima de consumo medido. Quando os consumidores param de comprar dessas empresas porque contam com uma fonte alternativa, há a perda de receita. “Se essas redes independentes crescem e ganham proporção, esse risco é ainda maior”, acredita. “Por outro lado, enxergamos oportunidade nesse risco. A companhia pode ser sócia do empreendimento com serviços de operação e manutenção, por exemplo”.
A gerente de parcerias do CISB, Alessandra Holmo, acredita que o projeto tem uma perspectiva promissora, uma vez que aliará ao trabalho de uma universidade brasileira de ponta a experiência sueca com projetos bem sucedidos de microgrids. “Na Suécia, o conhecimento sobre microgrids é bem consolidado. Vamos lançar mão de uma competência existente para entender e propor as melhores soluções para colocar em prática no contexto brasileiro”, diz. Segundo ela, o ambiente de colaboração proposto pelo projeto é importante por se tratar de uma área crítica.
O projeto terá duração de três anos e a expectativa é que inicie as operações a partir de maio. A colaboração entre os dois países será reforçada com a realização de workshops anuais, sendo o primeiro na Suécia e os seguintes no Brasil. “Serão momentos importantes para dispor do conhecimento existente sobre o assunto, fazer contatos e estabelecer uma rede de relacionamentos estratégicos que podem se transformar em novas oportunidades de parceria para a Cemig”, explica Alessandra. Nesses eventos, profissionais envolvidos no projeto e especialistas ligados ao tema discutirão o estado da arte na área de microgrids e os encaminhamentos do programa da Cemig.

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