O simulador solar que entra em operação hoje no Laboratório de Instalações Prediais e Saneamento (LIP), ligado ao
Centro Tecnológico do Ambiente Construído (CETAC)
do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), terá a missão de dar
suporte ao desenvolvimento de produtos e de realizar testes para atender
a certificação compulsória de aquecedores de água que utilizam
coletores de energia solar.
O equipamento recebeu investimento de aproximadamente R$ 3,5 milhões,
sendo 90% do Governo do Estado e o restante de CNPq e FINEP, estes
últimos órgãos do Governo Federal. O simulador será essencial para
determinar a eficiência energética de painéis coletores, mas ele também
poderá realizar ensaios em sistemas fotovoltaicos para geração de
energia e outras análises de equipamentos submetidos à influência do
Sol.
O técnico Douglas Messina, um dos responsáveis pelo trabalho no
simulador, explica que o equipamento não é destinado a ensaios de
envelhecimento, que contam com câmaras específicas para essa finalidade,
mas deve verificar o funcionamento em termos de captação e produção
energética.
O principal segmento de atuação do equipamento será o de construção
civil, considerando aplicações residenciais, comerciais e industriais.
Em todos esses nichos, o mercado segue tendência de crescimento, com
destaque para a indústria. “A adoção desses sistemas na indústria é cada
vez maior, não só para a produção de água quente, mas também de vapor”,
afirma Messina. A aplicação de soluções para geração de energia
fotovoltaica também segue em crescimento na indústria.
O simulador se compõe de uma estrutura móvel de acionamento hidráulico e
elétrico com lâmpadas especiais. O sistema foi instalado em uma sala
com oito metros de pé direito e sistema de ar-condicionado que mantém a
temperatura constante, com tolerância de mais ou menos um grau, para
garantir a precisão das leituras realizadas.
Com potência de 50 kVA (Quilovoltampere), o simulador pode ser colocado
em qualquer plano entre zero e 90 graus para produzir cada situação de
estudo desejada. Messina afirma também que a intensidade das lâmpadas é
dimerizada, para que sejam estabelecidos diferentes níveis de radiação.
“O equipamento é todo automatizado e você pode memorizar a configuração
de cada ensaio sem risco de perder dados”, diz.
O simulador também trabalha com sistema de aquisição e tratamento de
dados realizados por meio de software e hardware exclusivos e dispõe de
uma instrumentação específica para fazer a gestão da vida útil das
lâmpadas.
Poucas instituições de pesquisa dispõem de simuladores solares no mundo.
No Brasil, agora somente o IPT e o Laboratório Green Solar, da PUC
Minas, oferecem serviços com o equipamento. “Creio que esses são os dois
únicos simuladores do Hemisfério Sul”, afirma Messina.
FUENTE ORIGINAL DE LA INFORMACION WEBSITE:
http://www.ipt.br/noticia/565-novo_simulador_solar.htm