AUTOR DO BLOG ENG.ARMANDO CAVERO MIRANDA SÃO PAULO BRASIL

"OBRIGADO DEUS PELA VIDA,PELA MINHA FAMILIA,PELO TRABALHO,PELO PÃO DE CADA DIA,PROTEGENOS DO MAL"

"OBRIGADO DEUS PELA VIDA,PELA MINHA FAMILIA,PELO TRABALHO,PELO PÃO DE CADA DIA,PROTEGENOS  DO MAL"

“SE SEUS PROJETOS FOREM PARA UM ANO,SEMEIE O GRÂO.SE FOREM PARA DEZ ANOS,PLANTE UMA ÁRVORE.SE FOREM PARA CEM ANOS,EDUQUE O POVO.”

“Sixty years ago I knew everything; now I know nothing; education is a progressive discovery of our own ignorance. Will Durant”

terça-feira, 15 de outubro de 2019

Competências Necessárias Aos Engenheiros Recém Formados Para Inserção No Mercado De Trabalho-Ana Carolina da Silva Bispo ,Tatiana Pereira de Abreu ,Silvino Santos


Competências Necessárias Aos Engenheiros Recém Formados Para Inserção No
Mercado De Trabalho

Resumo:
 No mundo globalizado em que vivemos, o cenário do mercado de trabalho muda a cada segundo, algumas ocupações vem sendo extintas e outras criadas. Diante desse cenário, competências especificas são exigidas, assim como, dilemas de carreira fazem parte da vida profissional. O objetivo principal deste artigo é investigar quais competências são necessárias para que os engenheiros recém formados possam construir, de forma bem sucedida, a transição da graduação para o mercado de trabalho e descrever os desafios aos quais são submetidos. Foi realizada uma pesquisa de natureza quantitativa e do tipo descritiva. Pelos dados obtidos observou-se que as competências necessárias ao engenheiro recém formado, vão além das competências técnicas apreendidas em sua formação. O engenheiro recém formado deverá ser um profissional que agrega valor econômico à organização e valor social a comunidade, assim como, apresentar estratégias de desenvolvimento e capacitação após a graduação.
 Palavras Chaves: Competências. Engenheiros Recém Formados. Mercado de Trabalho

 1 -Introdução
Na última década, percebe-se que as empresas estão mudando suas estratégias, redefinindo seus mercados e repensando suas estruturas com uma velocidade muito grande. As mudanças sempre ocorreram, mas parece que recentemente o ritmo tem ocorrido de forma acelerada. As empresas estão vivenciando o rápido desenvolvimento nas áreas econômica, tecnológica e social, o que tem impacto direto na gestão de pessoas, no trabalho e, particularmente, no planejamento e gestão de carreiras (BARUCH, 2011). Segundo Machado (2007), essas constantes mudanças ambientais, organizacionais e tecnológicas têm gerado a necessidade de um profissional polivalente, com acentuada capacidade de adaptação aos novos contextos de trabalho. Com a expansão tecnológica, o trabalhador assume um novo perfil e algumas características tais como criatividade, flexibilidade e inovação começaram a fazer parte do cenário organizacional. Esta reestruturação do mercado gera uma necessidade de constante aperfeiçoamento e busca por competência profissional. O processo de formação e desenvolvimento de competências tem sido percebido como mais complexo do que a mera qualificação do profissional. (BARROS E PAIVA, 2013). Hoje, as habilidades técnicas adquiridas na faculdade não bastam, é preciso ir além, se aperfeiçoar cada vez mais e aprimorar competências relacionadas ao comportamento e postura do profissional no mercado de trabalho. O engenheiro recém formado deverá ser proativo e dinâmico, acumular funções, saber trabalhar em equipe e gerir pessoas, assumir riscos e responsabilidades.

O cenário econômico hoje gera grande incerteza e ambiguidade, com arquiteturas organizacionais e de negócios cada vez mais complexas, com várias formas de se estabelecer relações de trabalho. O mercado, antes em ascensão, desaqueceu e o engenheiro recémformado ganhou seu diploma juntamente com uma nova e desafiadora realidade. O novo cenário assusta o recém-formado, menor disponibilidade de vagas e o aumento do número de candidatos tornam cada oportunidade mais competitiva e o mercado de engenharia mais agressivo. Assim, um caminho comum destes profissionais recém-formados é seguir em busca de desenvolver competências que possam ajudá-los a se destacarem dos demais. (VELOSO e DUTRA, 2007)

Sendo assim, surgiram novas alternativas para a construção de carreira e com as novas formas de ascensão profissional, a autogestão se faz necessária. O profissional assume papel cada vez mais estratégico e relevante nas organizações e sua gestão, devidamente suportada por teorias coesas e consistentes e, ainda, alinhada ao planejamento e à estratégia organizacional, deve se constituir em competência essencial no alcance dos objetivos e resultados organizacionais e individuais. (SOUZA e LEMOS, 2013)

As transformações no mercado de trabalho, na gestão das organizações e nas relações estabelecidas entre empresas e pessoas reforçaram a importância do debate e da pesquisa sobre as competências exigidas a esses profissionais que, ao saírem das universidades, chegam ao mundo corporativo. As novas formas de organização do trabalho passaram a requerer competências comportamentais e técnicas articuladas como respostas de adesão aos projetos organizacionais (MACHADO, 2007). Segundo Machado (2013), a constante busca por profissionais competentes é uma realidade contemporânea e cabe ao profissional de qualquer área estar preparado, caso contrário estará fora das exigências do mercado de trabalho. Uma alternativa para aumentar a confiabilidade dos engenheiros recém-formados ao chegarem ao mundo corporativo, consiste em desenvolver competências necessárias para o exercício de suas atividades. Assim, seria possível formar profissionais altamente qualificados, conjugando conhecimentos sobre as práticas organizacionais com uma capacitação em métodos e técnicas aprendidas na faculdade. Hoje, em plena fase da extinção do emprego, está se tornando imprescindível que o profissional, em especial o engenheiro, seja um empreendedor. O ensino e/ou a formação da cultura empreendedora favorece o desenvolvimento de importantes habilidades tais como: capacidade de trabalhar em equipe, capacidade de comunicação verbal e escrita, capacidade de realizar e apresentar ideias, administração do tempo, autonomia para aprender e habilidades técnicas gerais e específicas, conforme a área de interesse (POVOA, 2005).

 Nesse contexto, o conceito de competência refere-se à “capacidade da pessoa em assumir iniciativas, ir além das atividades prescritas, ser capaz de compreender e dominar novas situações no trabalho, ser responsável e ser reconhecido por isso” (ZARIFIAN, 1994, p.111). Dado o valor que um engenheiro recém-formado agrega ao mundo corporativo, poderia assumir que eles seriam bem sucedidos ao finalizarem suas graduações. No entanto, sob diversos aspectos, os primeiros anos da carreira podem se revelar como um período difícil e de ajustes ao perfil profissional (OLSEN E SORCINELLI, 1992).

 As novas tecnologias, as inovações no mercado e a união da economia, responsáveis pela ação do mercado de trabalho associada à produtividade, concorrência e qualidade não são experiências vivenciadas no período acadêmico. Hoje, um engenheiro torna-se rapidamente obsoleto, a menos que se mantenha sempre atualizado através de cursos e especializações. É fundamental que o profissional tenha a consciência da importância de se manter atualizado e dessa forma ser competitivo no mercado (SILVA,2002).

Cada vez mais, se exige do engenheiro soluções mais eficientes, econômicas, ergonômicas, ecológicas e principalmente mais humanitárias para os antigos problemas da sociedade (VALDIERO et al, 2006). A formação do Engenheiro hoje deve ser bem mais ampla do que era há poucos anos atrás, quando o que interessava era basicamente sua formação técnica. Hoje essa formação técnica/científica é somente um dos pré-requisitos para a atuação profissional. (POVOA, 2005).

Um dos maiores obstáculos para esse novo cenário na Engenharia Civil tem sido justamente a falta de pessoal adequado e habilitado para enfrentar os novos desafios que são impostos pelo mercado de trabalho, que valoriza o engenheiro multiespecialista, ao contrário do especialista (PÓVOA, 2003).

O número cada vez maior de competências exigidas pelo mercado tornam a vida do engenheiro civil recém-formado um desafio, principalmente nesse período pelo qual passa o país, cuja desaceleração da economia nacional tornou o mercado de trabalho mais competitivo. Isso torna necessário uma análise da trajetória do profissional recém-formado em Engenharia Civil. Sendo assim, inserido nesse contexto, o nosso objetivo deste artigo é apontar as competências necessárias para a inserção desses profissionais no mercado de trabalho. Através de pesquisa quantitativa, apresentamos quais as dificuldades os engenheiros recém formados tiveram e quais as competências necessárias para a inserção no mercado de trabalho após sair do ambiente acadêmico. Questionamos também se as habilidades e conhecimentos adquiridos na universidade são o suficiente para e engenheiro recém formado ingressar e estabilizar no mercado de trabalho.

Assim, o presente estudo dará às escolas de Engenharia a oportunidade de repensar suas grades, oferecendo a seus acadêmicos a formação adequada para serem competitivos no mercado de trabalho. O objetivo principal deste artigo é investigar quais competências são necessárias para que os engenheiros recém formados possam construir, de forma bem sucedida, a transição da graduação para o mercado de trabalho e descrever os desafios aos quais são submetidos. Dessa forma, a pesquisa feita através da aplicação de questionário, em ex-alunos de uma escola de Engenharia de Belo Horizonte, que se formaram no período de 2014 a 2016 identificou as competências necessárias, os desafios enfrentados por esses profissionais recém-formados e também analisou se a formação acadêmica foi suficiente para sua inserção no mercado de trabalho.

LER ARTIGO COMPLETO:
Revista Pensar Engenharia, v.5, n.2, Jul. 2017

LINK: http://revistapensar.com.br/engenharia/pasta_upload/artigos/a206.pdf

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