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Solar | 12.03.2012 Enviar esse Artigo
Estudo prevê investimentos de 700 milhões de euros para desenvolver silício
Mineral é a principal matéria prima para a fabricação dos painéis fotovoltaicos
As regiões de Foz do Iguaçu, no Brasil, e Hernandárias, no Paraguai, poderão receber nos próximos anos investimentos de até 700 milhões de euros para desenvolvimento de uma cadeia industrial do silício. O mineral, encontrado em Minas Gerais, é a principal matéria prima para a fabricação dos painéis fotovoltaicos.
Um estudo final sobre o projeto, chamado de Silício Verde, foi apresentado na última quinta-feira (8/03), no Parque Tecnológico Itaipu (PTI), pelo superintendente de Energias Renováveis da binacional, Cícero Bley, além de representantes da companhia alemã Centrotherm. A empresa é considerada a segunda maior fabricante do mundo de equipamentos para a cadeia de produção do silício.
Segundo Bley, o estudo é resultado do acordo de cooperação e transferência de tecnologia assinado em agosto de 2011 pelo diretor geral brasileiro de Itaipu, Jorge Samek, e o presidente e CEO da Centrotherm, Peter Fath.
Bley explica que o passo agora é buscar financiamento junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e ao banco alemão KfW, para a cobertura dos custos de um estudo de viabilidade econômica. O cronograma prevê a conclusão do estudo de viabilidade até dezembro de 2012 e a implantação do projeto em mais três anos.
“Esperamos anunciar o projeto Silício Verde durante o Dia Mundial da Energia, evento da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20”, analisou Samek.
O processamento de 4 mil toneladas de silício purificado pode resultar em capacidade de geração de energia
por meio de painéis de 638 Megawatts (MW) em horário de pico por ano, o
equivalente a quase uma turbina de Itaipu (700 MW). "A unidade levaria
20 anos para fazer mais uma Itaipu", acrescenta o superintendente,
levando em conta as 20 turbinas da hidrelétrica. "A cadeia de
suprimentos dos painéis vai ativar uma série de indústrias produtoras de
partes como vidro, plásticos, conexões, painéis de comando,
monitoramento telemétrico e outros." Segundo Bley, embora seja um dos
maiores produtores de silício do mundo, o Brasil apenas exporta o
mineral na forma bruta.
O superintendente de Energias Renováveis de Itaipu, Cícero Bley Junior,
diz que os estudos confirmaram o potencial de melhor aproveitamento de
silício e da energia solar no Brasil. "Hoje o silício sai do país
e volta em forma de painel", diz, sobre o beneficiamento do material na
China, Estados Unidos e outros países. Ele explica que a purificação do
silício para a confecção das placas demanda energia elétrica, que Itaipu tem para fornecer. O mineral é encontrado principalmente em Minas Gerais.
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AUTOR DO BLOG ENG.ARMANDO CAVERO MIRANDA SÃO PAULO BRASIL
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